quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI2180281-EI7896,00.html SP: deputado é advertido por show de transformista
O presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp), Vaz de Lima (PSDB), advertiu por escrito o deputado estadual Carlos Gianazzi (Psol), que organizou um evento onde o transformista Nick Perón fez uma performance aos deputados e ficou seminu. A apresentação ocorreu no dia 24 de outubro, no plenário Dom Pedro I da Alesp, durante o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Comunidade Gay.
» Transformista e deputados se reúnem » Transformista se apresenta seminu» vc repórter: mande fotos e notícias
Segundo o documento da presidência da Alesp, é "com a finalidade de prevenir a prática de falta mais grave" que a advertência foi dada. A medida, no entanto, não impede que parlamentares encaminhem uma representação ao conselho de ética da Alesp pedindo punição mais severa.
Vaz de Lima disse que estudou profundamente o caso antes de tomar a decisão. "Vi integralmente a fita do lançamento da Frente Parlamentar; observei as manifestações contra e a favor; vi as matérias de TV, rádio e jornal; e ouvi o transformista também", disse.
Segundo o presidente da Alesp, Nick Perón teria tentado inocentar o deputado ao afirmar que o parlamentar não saberia que ele iria ficar seminu.
Além da advertência, Vaz de Lima recomenda em sua decisão que a comissão de parlamentares encarregada de alterações no Regimento Interno da assembléia e o Grupo Técnico de Estudos apresentem uma proposta para disciplinar e regulamentar as Frentes Parlamentares.
Redação Terra

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Nota de Repúdio

Estudos sobre a "base biológica para a violência em menores infratores": novas máscaras para velhas práticas de extermínio e exclusão.

É com tristeza e preocupação que recebemos a notícia de que Universidades de grande visibilidade na vida acadêmica brasileira estão destinando recursos e investimentos para velhas práticas de exclusão e de extermínio. A notícia de que a PUC-RS e a UFRGS vão realizar estudos e mapeamentos de ressonância magnética no cérebro de 50 adolescentes infratores para analisar aspectos neurológicos que seriam causadores de suas práticas de infração nos remete às mais arcaicas e retrógradas práticas eugenistas do início do século XX.

Privilegiar aspectos biológicos para a compreensão dos atos infracionais dos adolescentes em detrimento de análises que levem em conta os jogos de poder-saber que se constituem na complexa realidade brasileira e que provocam tais fenômenos, é ratificar sob o agasalho da ciência que os adolescentes são o princípio, o meio e o fim do problema, identificando- os seja como "inimigo interno" seja como "perigo biológico", desconhecendo toda a luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes, que culminou na aprovação da legislação em vigor - o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Pensar o fenômeno da violência no Brasil de hoje é construir um pensamento complexo, que leve em consideração as Redes que são cada vez mais fragmentadas, o medo do futuro cada vez mais concreto e a ausência de instituições que de fato construam alianças com as populações mais excluídas. É falar da corrupção que produz morte e isolamento e da precariedade das políticas públicas, sejam elas as políticas sociais básicas como educação e saúde, sejam elas as medidas sócio-educativas ou de proteção especial.

Enquanto a Universidade se colocar como um ente externo que apenas fragmenta, analisa e estuda este real, sem entender e analisar suas reais implicações na produção desta realidade, a porta continuará aberta para a disseminação de práticas excludentes, de realidades genocidas, de estudos que mantêm as coisas como estão.

Violência não é apenas o cometimento do ato infracional do adolescente, mas também todas aquelas ações que disseminam perspectivas e práticas que reforçam a exclusão, o medo, a morte.

Triste universidade esta que ainda se mobiliza para este tipo de estudo, esquecendo-se que a Proteção Integral que embasa o ECA compreende a criança e o adolescente não apenas como "sujeito de direitos" mas também como "pessoa em desenvolvimento" - o que por si já é suficiente para não engessar o adolescente em uma identidade qualquer, seja ela de "violento" ou "incorrigível".

A universidade brasileira pode desejar um outro futuro: o de estar à altura de nossas crianças e adolescentes.

Assinam a Nota:

1. Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância - CIESPI;

2. Programa Cidadania e Direitos Humanos da Universidade do Estado do

Rio de Janeiro - PCDH/UERJ;

3. Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de

Psicologia – CNDH/CFP;

4. Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia do

Rio de Janeiro – CDH/CRP-05;

5. Cristina Rauter – Professora da Universidade Federal Fluminense / UFF;

6. Programa Pró-adolescente - Universidade do Estado do Rio de Janeiro/

UERJ;

7. Márcia Badaró – Conselheira do Conselho Regional de Psicologia do

Rio de Janeiro (CRP-05);

8. Anna Paula Uziel – Professora da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro/ UERJ.

9. Maria Helena Zamora – Professora da Puc-Rio

10. Marcelo Dalla Vecchia - Professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Terra, 17/12/07
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2159256-EI8143,00.html

Fathi Ja, filho de agente da CIA, faz segurança em campo no meio da selva

Recrutados pela CIA fogem desde a Guerra do Vietnã

Quatro décadas depois que a Agência Central de Inteligência (CIA) norte-americana contratou milhares de guerreiros da selva para combater os comunistas em uma das áreas periféricas da guerra do Vietnã, homens que se declaram veteranos daquela operação clandestina vivem em isolamento, famintos e ainda ocasionalmente perseguidos pelo governo comunista laosiano, que continua a desconfiar dos combatentes que se alinharam com os Estados Unidos.

» Veja mais fotos

"Caso eu me renda, serei punido", disse Xang Yang, 58 anos, um homem musculoso e ainda capaz de galgar agilmente os bambus da selva laosiana. "Eles jamais me perdoarão. Não posso viver fora da selva porque combati pelos Estados Unidos".

Em uma pequena clareira cerca de 15 km a leste do rio Mekong, Yang e quatro outros veteranos sobrevivem de maneira primitiva, com suas mulheres e 50 filhos e netos. O acampamento escondido em que vivem na selva fica a 15 horas de caminhada da mais próxima estrada asfaltada, pelo relevo acidentado das colinas e através de correntezas que na temporada de seca têm profundidade de cerca de meio metro mas se tornam rios caudalosos na época da monção.

Yang disse que seu grupo foi atacado pelo exército laosiano duas vezes, este ano. Em setembro, os soldados mataram um menino de cinco anos, sepultado nos limites do acampamento. Em maio, um ataque ao nascer do dia matou uma mulher e seu filho de dois anos. O grupo transfere seu acampamento a cada duas semanas, a fim de evitar ataques.

Eles normalmente se posicionam a quilômetros de distância das plantações de arroz ou dos vilarejos locais, mas ocasionalmente viajam à noite, armados com seus fuzis AK-47, para conseguir comida junto a fazendeiros amistosos. Eles dizem que obtiveram suas armas e uniformes de soldados laosianos que fugiram depois de um tiroteio com o grupo em 1999.

A operação da CIA, que durou de 1961 a 1975, se tornou conhecida como "a guerra secreta", porque, diferentemente do Vietnã, o envolvimento militar norte-americano no Laos era clandestino. Em lugar de enviar tropas terrestres norte-americanas para impedir uma tomada de controle pelos comunistas, a CIA contratou dezenas de milhares de mercenários, a maioria dos quais da etnia hmong, uma minoria que vive nas montanhas de Laos.

Hoje, o número de veteranos combatentes hmong e suas famílias que continuam ocultos na selva é estimado entre algumas centenas e alguns milhares, de acordo com Amy Archibald, porta-voz da embaixada norte-americana em Vientiane, a capital.

Os problemas que eles enfrentam, embora não muito conhecidos, receberam mais atenção nos últimos, com grupos de defesa dos direitos humanos criticando o governo do Laos por seus ataques aos hmong que colaboraram com os Estados Unidos.

Ainda assim, localizar os veteranos em seus acampamentos é uma tarefa árdua e requer horas de caminhada pela selva. Minha recente visita ao remoto esconderijo de Yang foi a primeira já realizada por um repórter norte-americano, e além de mim apenas cerca de uma dúzia de pessoas já visitaram quaisquer dos campos de veteranos da CIA existentes no Laos.

Os antigos combatentes e seus descendentes claramente receberam a visita com alegria. Quando cheguei ao campo, acompanhado por um fotógrafo, muitos dos membros dos membros do grupo começaram a chorar e a dizer, no idioma lao, "América nos ajude, América, nos ajude".

Os cinco veteranos que vivem no campo têm parentes instalados nos Estados Unidos, e dizem que ainda sonham em se unir a eles. A esperança de Yang é que Washington "volte para ajudar velhos soldados como eu a deixar o Laos e chegar aos Estados Unidos".

"Queremos um lugar para viver na América", disse outro veterano, Va Chang, 60. "Queremos que os norte-americanos nos dêem alimentos e remédios". "Caso eles não desejem nos ajudar como pedimos", ele afirma, "deveriam lançar uma grande bomba sobre nós e pôr fim à nossa miséria".

Os grupos de defesa dos direitos humanos descrevem os combates em sua maioria unilaterais entre os antigos combatentes da CIA, maltrapilhos e mal armados, e o exército laosiano, disposto a desalojá-los de seus refúgios na selva.

Um relatório da Anistia Internacional divulgado em março afirma que tropas do Laos estiveram envolvidas em numerosos ataques contra os veteranos e suas famílias, na região norte do Laos, nos últimos anos, uma avaliação com a qual diplomatas norte-americanos concordam.

¿Consideramos essas informações muito confiáveis, e sabemos que existem abusos de direitos humanos cometidos pelas forças de segurança¿, disse Archibald. ¿Mas não temos como determinar quem disparou a primeira bala¿.

O relatório anual do Departamento de Estado norte-americano sobre os direitos humanos, divulgado em março, menciona os esforços intensificados das forças de segurança para eliminar os bolsões dispersos de combatentes hmong. A pressão do exército laosiano, segundo o relatório, "tem por objetivo causar fome que force as famílias restantes de insurgentes a deixar a selva".

O governo laosiano, talvez preocupado com o efeito que o conflito poderia ter sobre o florescente setor de turismo do país, nega que quaisquer confrontos tenham ocorrido ou que haja veteranos da CIA ainda escondidos.

"Não existem combatentes hmong da CIA na selva", disse Yong Chanthalangsy, porta-voz do Ministério do Exterior laosiano. "Não há confrontos. Como você pode perceber se viajar por nosso país, a atmosfera é de paz". Ele afirmou que Yang e seu grupo eram provavelmente apenas "bandidos".

Foragidos há três décadas, os cinco homens não dispõem de documentos que provem que combateram na guerra. Mas conhecem os nomes-código das pistas de aterrissagem da CIA que protegiam, bem como os nomes de guerra de alguns dos norte-americanos com quem serviram, entre os quais um "Mr. Tony", possivelmente Tony Poe, que comandou as operações da CIA no Laos por algum tempo e morreu em 2003.

Eles ainda trazem estilhaços dos combates em seus corpos, e um dos veteranos, Jangwang Xiong, 57 anos, tem uma perna danificada, devido a um ferimento sofrido em combate contra forças apoiadas pelo Vietnã do Norte, em 1971, ele alega.

A CIA inicialmente contratou os hmong para apoiar o governo do Laos em sua luta contra uma insurgência comunista. Mais tarde, no curso da guerra do Vietnã, os hmong foram instruídos a interceptar comboios de suprimentos na série de caminhos de selva que formavam a chamada "trilha de Ho Chi Minh", que percorria boa parte do território do Laos.

Chang disse que foi instruído a defender o Lima Site 258, uma das pistas de pouso improvisadas nas montanhas que a CIA usava para movimentar suprimentos e homens pelo território laosiano.

O grupo é indigente até mesmo sob os padrões da Indochina rural. A dieta de seus membros consiste essencialmente de mandiocas selvagens colhidas na mata, brotos de bambu e pequenos animais caçados com arcos e flechas. Ocasionalmente, o grupo recebe arroz de aldeões que se dispõem a correr o risco de manter uma associação secreta com eles.

Cercadas por seus filhos e netos, todos aparentando cansaço, os cinco homens parecem mais velhos do que são, e se assemelham pouco, hoje, aos jovens aldeões hmong que conquistaram respeito como combatentes ao longo da guerra.

Colin Thompson, que trabalhou nas operações laosianas da CIA entre 1963 e 1966, lembra os hmong como resistentes e leais.

"Alguns dos combatentes hmong eram extraordinariamente corajosos", disse Thompson em entrevista por telefone, de sua casa em Maryland. "Era mais difícil derrotá-los do que aos outros grupos tribais. Resistiam e protegiam ferozmente o seu território".

O trabalho de Thompson incluía carregar pilhas de dinheiro laosiano para pagar os salários dos soldados hmong. Ele lamenta a situação dos combatentes que restantes, mas afirma que Washington não deveria sentir a obrigação de trazê-los aos Estados Unidos. Essa não é a opinião dos hmong, muitos dos quais se sentiram atraiçoados pelos norte-americanos quando a guerra terminou.

Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME

sábado, 15 de dezembro de 2007

http://pt.wikipedia.org/wiki/Papai_Noel#O_mito_da_Coca-Cola

O mito da Coca-Cola

É amplamente divulgado pela Internet e por outros meios que a Coca-Cola seria a responsável pelo atual visual do Papai Noel (roupas vermelhas com detalhes em branco e cinto preto),e esta informação procede. Até o final do século XIX, papai Noel era representado com roupas de inverno, porém na cor marrom. Em 1881 a Coca-cola realizou uma grande campanha publicitária vestindo Papai Noel com as cores vermelha e branca (como as de seu rótulo) e acrescentou-lhe um barrete vermelho adornado por um pom-pom branco. Tal campanha fez um enorme sucesso e a nova imagem de Papai Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Conselho Indigenista Missionário, 13/12/07
http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=2940&eid=274
13/12/2007 - 18:42 - Informe nº 796: Justiça determina suspensão das obras da transposição, mas trabalhos continuam

No dia 10 de dezembro, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) concedeu liminar para suspender as obras do Projeto de Transposição do Rio São Francisco. Ontem (12/12), o Ministério da Defesa (MD) foi informado da decisão, apesar disso o Exército segue trabalhando no canteiro de obras em Pernambuco.

Segundo a liminar, o projeto não poderia ter sido aprovado pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos antes de análises do comitê de bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Além disso, há diversas ações sobre a validade do estudo de impacto ambiental que ainda aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal.

A postura do governo, de não respeitar a decisão judicial, deixou o Bispo de Barra, Dom Luiz Cappio, muito preocupado. Ele também se preocupa com o aumento da presença do Exército no canteiro de obras. Três tanques foram enviados ao lugar. Dom Cappio está hoje (13/12) no 17º dia de jejum em protesto contra a transposição.

Ontem, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Geraldo Lyrio Rocha e o Secretário Geral da entidade, Dom Dimas Barbosa, pediram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais discussão sobre o projeto da transposição das águas do rio São Francisco. Na reunião, com os bispos, Lula disse que não suspenderá o projeto.

Atos em todo o país

A ação de Dom Luiz Cappio está recebendo apoio de todos os setores sociais. Continuam os jejuns e atos em defesa do rio São Francisco e do povo nordestino, ameaçado pela transposição.

Hoje, o teólogo Leonardo Boff divulgou um manifesto, dizendo que o projeto é “faraônico, não é democrático, porque não democratiza o acesso à água para as pessoas que passam sede na região semi-árida, distante ou perto do rio São Francisco.”

O texto fala das alternativas: “O projeto oficial custaria mais de 6 bilhões de reais, atenderia apenas a quatro Estados (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará) beneficiando 12 milhões de pessoas de 391 municípios. Um projeto alternativo elaborado pela Agência Nacional das Aguas (ANA) e o Atlas do Nordeste custaria pouco mais de 3 bilhões de reais, atingindo nove estados (Bahia, Sergipe, Piauí, Alagoas, Pernambuco, Rio do Norte, Paraíba, Ceará e Norte de Minas), beneficiando 34 milhões de pessoas de 1356 municípios.”

***

Tarso declara três terras indígenas e ouve denúncia sobre criminalização das lideranças

Na abertura da reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), o Ministro da Justiça, Tarso Genro, assinou a declaração de três terras como indígenas. Ele também ouviu as denúncias sobre os problemas que afetam os povos, como a perseguição e prisão de lideranças do povo Xukuru em Pernambuco.

As terras declaradas pelo ministro são Monte-mór (do povo Potiguara, na Paraíba), Batelão (dos Kayabi, no Mato Grosso) e Porto Limoeiro (dos Tikuna, no Amazonas). Antônio Gomes (Caboquinho Potiguara) afirmou que a declaração é um alívio para 15 mil potiguaras. “Nossa luta não é de 20, 30 anos. É uma luta desde a colonização. Nossas terras foram tomadas por empresas, plantações de cana... Agradeço a todos os povos do país que lutam pela terra”, declarou emocionado Caboquinho.

Após o anúncio, Tarso Genro ouviu as denúncias das lideranças, entre elas a da prisão Agnaldo Gomes, do povo Xukuru, preso no último dia 11. Agnaldo e Rinaldo Vieira (preso em outubro) são acusados de envolvimento no assassinado de um indígena. A investigação da Polícia Federal tem sido questionada por diversas entidades e políticos.

O deputado estadual Isaltino Nascimento (PT/PE) e o deputado federal Maurício Randes (PT/PE) foram à reunião e, junto com o Ministério da Justiça e acompanhamento da CNPI, vão buscar uma solução para esta questão. “Há muito tempo tentam criminalizar o povo Xukuru. Pessoas da Polícia Federal no estado têm relações com políticos que exerceram cargos importantes e tinham interesses nas terras do povo.”, disse Nascimento. Ele acredita que é necessário substituir o Delegado Marcos Cotrim, responsável pelo processo, pois a advogada de uma das partes é advogada de Cotrim num processo em outro estado.

Governo x CNPI

O Ministro também recebeu um documento onde a bancada indígena da CNPI questiona ações do Governo que desrespeitam a Comissão, como a publicação da Portaria 2656, sobre os recursos repassados aos municípios para tratarem da saúde indígena. Esta portaria não foi discutida pela CNPI. O documento também critica a criação de uma comissão na Câmara Federal para discutir projetos de lei sobre mineração em terras indígenas, quando a CNPI havia acordado que esta regulamentação seria feita dentro do Estatuto dos Povos Indígenas.

O texto também lembra que apesar de algumas ações do governo, ainda há muito a se fazer. Os indígenas pediram a efetiva desintrusão da terra Raposa Serra do Sol, em Roraima, e atenção aos povos do Mato Grosso do Sul, onde há um alto número de assassinatos. A reunião da CNPI termina amanhã (14/12).

Brasília, 13 de dezembro de 2007

www.cimi.org.br

Conselho Indigenista Missionário