sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O Globo, 25/09/09
http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2009/09/24/agrotoxicos-no-seu-estomago-767760510.asp
EDITORIAL

Agrotóxicos no seu estômago

Publicada em 24/09/2009 às 18h18m

JOÃO PEDRO STÉDILE

Os porta-vozes da grande propriedade e das empresas transnacionais são muito bem pagos para todos os dias defender, falar e escrever de que no Brasil não há mais problema agrário. Afinal, a grande propriedade está produzindo muito mais e tendo muito lucro. Portanto, o latifúndio não é mais problema para a sociedade brasileira. Será?

Nem vou abordar a injustiça social da concentração da propriedade da terra, que faz com que apenas 2%, ou seja, 50 mil fazendeiros, sejam donos de metade de toda nossa natureza, enquanto temos 4 milhões de famílias sem direito a ela.

Vou falar das consequências para você que mora na cidade, da adoção do modelo agrícola do agronegócio. O agronegócio é a produção de larga escala, em monocultivo, empregando muito agrotóxicos e máquinas. Usam venenos para eliminar as outras plantas e não contratar mão de obra. Com isso, destroem a biodiversidade, alteram o clima e expulsam cada vez mais famílias de trabalhadores do interior.

Na safra passada, as empresas transnacionais, e são poucas (Basf, Bayer, Monsanto, Du Pont, Sygenta, Bungue, Shell química...), comemoraram que o Brasil se transformou no maior consumidor mundial de venenos agrícolas. Foram despejados 713 milhões de toneladas! Média de 3.700 quilos por pessoa. Esses venenos são de origem química e permanecem na natureza. Degradam o solo. Contaminam a água. E, sobretudo, se acumulam nos alimentos. As lavouras que mais usam venenos são: cana, soja, arroz, milho, fumo, tomate, batata, uva, moranguinho e hortaliças. Tudo isso deixará resíduos para seu estômago. E no seu organismo afetam as células e algum dia podem se transformar em câncer.

Perguntem aos cientistas aí do Instituto Nacional do Câncer, referência de pesquisa nacional, qual é a principal origem do câncer, depois do tabaco?

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) denunciou que existem no mercado mais de vinte produtos agrícolas não recomendáveis para a saúde humana. Mas ninguém avisa no rótulo, nem retira da prateleira. Antigamente, era permitido ter na soja e no óleo de soja apenas 0,2 mg/kg de resíduo do veneno glifosato, para não afetar a saúde. De repente, a Anvisa autorizou os produtos derivados de soja terem até 10,0 mg/kg de glifosato, 50 vezes mais. Isso aconteceu certamente por pressão da Monsanto, pois o resíduo de glifosato aumentou com a soja transgênica, de sua propriedade.

Esse mesmo movimento estão fazendo agora com os derivados do milho. Depois que foi aprovado o milho transgênico, que aumenta o uso de veneno, querem aumentar a possibilidade de resíduos de 0,1 mg/kg permitido para 1,0 mg/kg.

Há muitos outros exemplos de suas consequências. O doutor Vanderley Pignati, pesquisador da UFMT, revelou em suas pesquisas que nos municípios que têm grande produção de soja e uso intensivo de venenos os índices de abortos e má formação de fetos são quatro vezes maiores do que a média do estado.

Nós temos defendido que é preciso valorizar a agricultura familiar, camponesa, que é a única que pode produzir sem venenos e de maneira diversificada. O agronegócio, para ter escala e grandes lucros, só consegue produzir com venenos e expulsando os trabalhadores para a cidade.

E você paga a conta, com o aumento do êxodo rural, das favelas e com o aumento da incidência de venenos em seu alimento.

Por isso, defender a agricultura familiar e a reforma agrária, que é uma forma de produzir alimentos sadios, é uma questão nacional, de toda sociedade. Não é mais um problema apenas dos sem-terra. E é por isso que cada vez que o MST e a Via Campesina se mobilizam contra o agronegócio, as empresas transnacionais, seus veículos de comunicação e seus parlamentares, nos atacam tanto. Porque estão em disputa dois modelos de produção. Está em disputa a que interesses deve atender a produção agrícola: apenas o lucro ou a saúde e o bem-estar da população?

Os ricos sabem disso e tratam de consumir apenas produtos orgânicos. E você precisa se decidir. De que lado você está?

JOÃO PEDRO STÉDILE é economista e integrante da coordenação nacional do Movimento dos Sem Terra (MST).

Entrevista Naomi Klein

http://revistacult.uol.com.br/website/news.asp?edtCode=00AA9227-6B12-434A-AD45-AE82B2F2E7CB&nwsCode=A8B21DCC-EBF2-4F96-A13F-A0C5D381CCF9
Resistindo ao choque
A jornalista e ativista canadense Naomi Klein analisa o novo estágio do capitalismo pós-11 de setembro: a privatização do desastre
Por Eduardo Socha
Seu nome circula em todo debate que questiona a arrogância do pensamento único e a imposição do neoliberalismo como modelo econômico irrevogável na era da globalização. Naomi Klein, 38, tornou-se mundialmente conhecida depois do sucesso de Sem logo - A tirania das marcas em um planeta vendido. Lançado em 2001 e traduzido para 28 idiomas, o livro superou a marca de um milhão de cópias vendidas, fato surpreendente para um volume de 500 páginas que se propõe a denunciar em detalhes os efeitos nocivos do branding, além das práticas de extorsão e exploração do trabalho de corporações como Nike, The Gap, Microsoft e McDonalds. Tornou-se rapidamente um dos maiores manifestos do movimento anti-globalização.
Dois anos após o lançamento de uma pequena coletânea de artigos escritos para imprensa, Cercas e janelas, chega ao Brasil a tradução de seu terceiro livro, A terapia do choque - A ascensão do capitalismo do desastre, resultado de mais de seis anos de pesquisas sobre as reações de governos alinhados à ideologia neoliberal aos desastres cada vez mais freqüentes - da guerra no Iraque ao tsunami. A autora analisa a estreita relação dessas reações com a teoria dos choques econômicos proposta por Milton Friedman, prêmio Nobel de Economia em 1976 e um dos fundadores da ortodoxa Escola de Chicago; teoria esta que, segundo a autora, guardaria semelhanças assombrosas com as técnicas de tortura da CIA, descobertas há pouco tempo. Ligando neoliberalismo ao uso da violência, parte significativa do livro é dedicada à história recente dos golpes militares na América Latina, em especial o Chile do governo Pinochet, onde teria ocorrido o primeiro "laboratório vivo" para a implantação das idéias radicais de Friedman.
Klein contribui regularmente para o jornal britânico The Guardian e para revista norte-americana The Nation. Co-produziu com o marido, Avi Lewis, o documentário Sin Patrón - The Take, que relata a ocupação de fábricas argentinas, falidas após a crise econômica de 2001, por parte de seus trabalhadores. Possui doutorado em Direitos Civis pela Universidade King's College de Nova Scotia, no Canadá, e lecionou como convidada na London School of Economics.
Nesta entrevista exclusiva dada à CULT por telefone, de sua casa em Toronto, durante uma pausa em sua agenda de viagens, ela fala sobre o conceito de capitalismo de desastre, sua relação pessoal com o tema durante sua estada na Argentina, os impasses da questão ambiental e as possíveis alternativas ao neoliberalismo que podem surgir com os governos de esquerda da América Latina.
Divulgação/ Andrew Stern
CULT - Um dos principais objetivos do seu livro é mostrar que os conceitos de neoliberalismo e democracia são internamente incompatíveis, certo?
Naomi Klein - O propósito principal do livro é contestar a alegação central da máquina de propaganda neoliberal, que procura identificar pessoas livres com o que eles chamam de mercado livre. Tento mostrar que democracia e neoliberalismo entram diretamente em conflito.
CULT - Essa forma de capitalismo não nasce da liberdade e sim do uso da força...
NK - Sim, uso da força e uso de crises. A razão pela qual me concentro em crises é porque elas criam uma zona livre de formas democráticas, um estado de emergência no qual regras democráticas não se aplicam. Mesmo que seja uma democracia formal, no papel, os agentes políticos podem suspender tais regras para impor suas medidas.
CULT - Por que a implementação dessas medidas depende tanto de crises, sejam naturais ou forjadas? Por que precisariam até mesmo do uso tirânico de forças?
NK - Porque as pessoas resistem a essas medidas quando têm a oportunidade e a possibilidade de se organizar. No livro, cito o economista John Williamson, que criou a expressão "Consenso de Washington". Ele diz que "devemos começar a pensar em aumentar as crises de hiperinflação a fim de colher os benefícios da reforma", em referência direta ao Brasil como possível candidato a essa estratégia - o que achei muito interessante. A razão pela qual os estados de exceção ou de emergência são tão importantes vem do fato de que as pessoas se organizam para proteger seus interesses. Essa é a ironia. A teoria do mercado livre está baseada na idéia de que as sociedades devem ser organizadas de tal maneira a permitir que as pessoas lutem por seus próprios interesses. O problema é que isso é válido apenas parcialmente, pois quando as pessoas defendem alguns interesses específicos, como melhoria de condições de trabalho, manutenção de serviços públicos, entram em ação as medidas de exceção. Não é uma idéia complicada. As táticas de choque são empregadas porque as políticas neoliberais não têm o apoio da maioria. Algumas peças da plataforma têm apoio, mas, em geral, privatizações, cortes de gastos em serviços sociais, livre comércio, não são medidas populares. De modo que é preciso haver estratégias alternativas para contornar a democracia e é aí que as crises entram.
CULT - Desde o começo do livro você deixa claro que a expressão "doutrina do choque" não se trata apenas de uma metáfora. De onde veio esta idéia de propor a relação entre as técnicas de tortura da CIA e a implementação da idéias econômicas de Milton Friedman?
NK - Parte veio por morar na Argentina, quando começou a invasão do Iraque. Era um momento muito particular no país, em 2002, porque se vivia uma crise econômica e, ao mesmo tempo, a abertura para uma discussão muito mais abrangente sobre o período da ditadura do que antes. A Argentina tem um movimento de direitos humanos muito forte, mas nos anos 1990 esses grupos ainda eram politicamente marginais. O debate sobre o período da ditadura estava concentrada na questão dos direitos humanos, mas quando a economia entrou em colapso, a discussão foi ampliada e as pessoas começaram a fazer conexões entre o modelo econômico que fracassou de maneira tão retumbante e o período da ditadura quando esse modelo foi introduzido. E o que se ouvia constantemente era que essas políticas econômicas foram instauradas mediante o uso da violência, do choque. Quando a guerra do Iraque começou, os argentinos fizeram comparações entre o que aconteceu no país nos anos 1970 e o que estava acontecendo no Iraque. Foi isso que me fez querer entender as conexões entre os diversos tipos de choque, pois já estavam sendo feitas nas ruas da Argentina. Era uma maneira nova de interpretar a história - eu sabia da ditadura militar, mas não sabia que a agenda econômica era tão clara. No livro cito a carta aberta de Rodolfo Walsh à Junta Militar. Naquele tempo, em Buenos Aires, essa carta tomou vida própria: era lida em parques, assembléias de bairros, na frente das casas de generais, no rádio. Isso me fez querer entender essas conexões e querer viajar ao Iraque. Alguns amigos jornalistas argentinos, especialmente Claudia Acuña, descreveram como era difícil perceber as razões por trás do terror quando se está vivendo a situação. No momento em que dizia isso, Paul Bremer chegava ao Iraque e anunciava uma transformação econômica radical, dizendo que o país estava aberto para negócios. Mesmo assim, toda a atenção jornalística estava concentrada na guerra e não no programa econômico. Então senti que, depois de ter aprendido essa lição na Argentina, tinha a responsabilidade, como jornalista e escritora, de ir ao Iraque e pesquisar a verdadeira causa da violência. Foi depois dessa experiência que li o manual de interrogatório da CIA, pois eu estava no Iraque quando estourou o escândalo de Abu Ghraib.
CULT - O que significa exatamente "capitalismo do desastre"? É um conceito realmente novo ou é apenas uma nova expressão para uma velha premissa capitalista? Afinal, devastações e crises sempre criaram oportunidades de negócio, são internos ao processo de acumulação capitalista..
N.K. - Acho que o conceito de "destruição criativa", de Joseph Schumpeter, está muito ligado ao que descrevo. No sentido de que o capitalismo cria crises, de que executa constantemente criação e destruição. Mas estou falando de algo menos orgânico que isso. Trata-se aqui de uma estratégia política deliberada, de uma filosofia de poder; não apenas de ciclos naturais do capitalismo, em que uma nova tecnologia destrói um modelo econômico anterior e, a partir dessa destruição, um novo nível de criação surge. Trata-se de um conceito que foi profundamente compreendido e articulado por Williamson: que você precisa de uma crise para aprovar um conjunto específico de diretrizes econômicas. Acho que há algo de novo e antigo no que estou documentando. Veja o que aconteceu com após o furacão Katrina, exemplo clássico do capitalismo do desastre. Não considero o Katrina um desastre "natural" porque foi envolveu uma clara omissão do Estado - no sentido de que as barragens estavam deterioradas. Imediatamente depois do ocorrido, um político republicano, Richard Baker, disse "não pudemos limpar os projetos de conjuntos habitacionais, mas Deus fez isso por nós". Isso é o capitalismo do desastre! É uma idéia muito velha, que já existia na mentalidade colonial. Na América do Norte, os colonos que ocuparam a Nova Inglaterra tinham uma teoria religiosa sobre a varíola, pois a causa principal de mortalidade dos índios era a doença. Nos diários da época, falava-se da moléstia como uma dádiva de Deus. De diversas maneiras, estavam usando a mesma formulação que o político republicano. Quando a varíola acabou com diversas comunidades do Iroquois e a terra deles foi invadida pelos colonos, Deus foi invocado, e o desastre foi visto com um ato divino. Então, sim, isso não é novidade [ risos]. Mas, o que há de novo aqui, e que vimos em Nova Orleans, é que não apenas o desastre foi utilizado para a privatização do sistema educacional e habitacional, mas a resposta ao próprio desastre foi vista como oportunidade de mercado. E essa é realmente a última fronteira para o neoliberalismo. Todas as partes do estado foram privatizadas: estradas, eletricidade, telefone, água. Havia sobrado apenas as funções fundamentais: os militares, a polícia, os bombeiros. Mas agora estamos assistindo ao surgimento de um complexo do capitalismo do desastre: negócios que dependem diretamente desse conjunto de crises e desastres. Bombeiros privados, empresas como a Blackwater [ empresa militar privada], que apareceu em Nova Orleans pronta para substituir a policia, o Helpjet, um serviço que proporciona um plano de fuga rápido e luxuoso, com direito a limosine, no caso de furacão. Acho que estamos vendo isso agora na crise dos alimentos, no sentido de que esse desastre torna altamente lucrativo o setor corporativo do agrobusiness. Acho que precisamos entender os desafios que enfrentamos, principalmente relativos à mudança climática. Está muito claro que existe uma parcela da economia cujo desempenho é favorecido conforme a situação piora. Não são apenas as empresas de armamentos. São as companhias de petróleo, de agronegócios, de biocombustíveis, farmacêuticas, empreiteiras, companhias de segurança. Precisamos mapear essas empresas que, com um lobby poderoso, impedem mudanças efetivas para nos tirar desse processo de crises contínuas.
(...)
Leia a íntegra da entrevista na edição de junho da CULT, já nas bancas
"Se Deus fosse mesmo onipotene tinha feito o Polo metade gelo, metade uísque."

Millor Fernandes

http://www.guardian.co.uk/environment/blog/2009/sep/25/google-earth-climate-change-copenhagen

Google Earth launches climate simulator

Al Gore stars in promo video for new emissions scenario features developed by Google Earth to coincide with Copenhagen climate conference

Watch Al Gore's promo video for Google Earth's climate change simulator

If a picture is worth a thousand words, how many words should we afford Google Earth? Hours can be lost skydiving your way towards your favourite locations. Seeing somewhere you know so well from above provides valuable extra servings of knowledge and perspective.

It's pleasing, therefore, to see Google announcing on its official blog that it has developed some nifty new features to coincide with the Copenhagen climate conference, now only a matter of weeks away.

In collaboration with the Danish government and others, we are launching a series of Google Earth layers and tours to allow you to explore the potential impacts of climate change on our planet and the solutions for managing it. Working with data from the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), we show on Google Earth the range of expected temperature and precipitation changes under different global emissions scenarios that could occur throughout the century.

To help introduce us all to these features, Google has asked Al Gore – who acts as a "senior advisor" to the company – to provide the commentary on an accompanying video.

The search engine has also teamed up with CNN to establish a dedicated YouTube channel. Entitled "Raise Your Voice", it features a series of videos by world leaders and well-known faces (Emma Thompson and the crown prince of Denmark, to date) to help explain why the conference is so important. Submissions from the public are welcome, and the best will be aired during the conference in the meeting rooms and on CNN.

I've had a quick play around with the new Google Earth features – they allow you to "view" any location on earth up till the year 2100, according to both the IPCC's high and low emissions scenarios. You may be asked to install a plugin, as I was. Google promises more features in coming weeks.

By the looks of Al Gore's video, we can expect additional versions allowing us to see predicted sea-level rises, water depletion and polar ice-sheet melting. Extra tours are promised that will help us "learn about the range of available solutions". According to Gore, "you will visualise a new world of renewable energy, and see what individuals and communities around the world are doing to both reduce their carbon footprint and adapt to their changing climates".

If Google can keep on adding tools and features, this could develop into something truly useful – particularly for schools.

And it would be nice, too, if the crowd-sourcing potential of Google Maps could somehow be exploited by users. What additional layers of information would you like to see? Predicted impacts on habitats? Likely spread of malaria endemic areas? Data showing variations in public attitudes to the threat of climate change? Regional increases (and decreases) in human population? The location of existing and planned nuclear power stations? Over to you.

BOLETIM 460 - POR UM BRASIL LIVRE DE TRANSGÊNICOS
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De:
AS-PTA
...
Adicionar a contatos
Para:gzleonardi@yahoo.com.br

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POR UM BRASIL LIVRE DE TRANSGÊNICOS

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Número 460 - 25 de setembro de 2009


Car@s Amig@s,


Manifeste-se pela proibição dos agrotóxicos Acefato e Endossulfan!

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está realizando duas consultas públicas sobre a proposta de banimento dos agrotóxicos Endossulfan e Acefato (ver Boletim 458).

As consultas fazem parte do processo de reavaliação toxicológica de 14 ingredientes ativos de agrotóxicos que a Agência está realizando, apesar de todos os esforços do agronegócio e da indústria do setor para impedir este trabalho (ver Boletim 419). Na maior parte dos casos são venenos que já foram banidos ou restritos em diversos países.

Em relação ao Endossulfan, a Anvisa recomenda “a proibição desse agrotóxico no país, considerando que os estudos descritos na Nota Técnica demonstram que esse agrotóxico possui características genotóxicas (alterações genéticas), neurotóxicas (danos ao sistema nervoso), danos ao sistema imunológico e provoca toxicidade endócrina ou alteração hormonal e toxicidade reprodutiva e malformações embriofetais. Tais características levaram à proibição deste agrotóxico em diversos países devido aos riscos para a saúde humana.”

Sobre o Acefato, a Anvisa indica “restrições de uso e posterior proibição desse agrotóxico no país, considerando que os estudos descritos na Nota Técnica demonstram que esse agrotóxico possui características genotóxicas (alterações genéticas), pode causar câncer e leva a distúrbios neuropsiquiátricos e cognitivos (dificuldades de aprendizagem). Tais características levaram à proibição deste agrotóxico em diversos países devido aos riscos para a saúde humana.”

Em paralelo, o Dep. Nazareno Fonteles (PT/PI) apresentou projeto de lei propondo a proibição do Endossulfan no Brasil e convocou uma audiência pública na Comissão de Agricultura para debater o assunto. Para não deixar ponto sem nó, a bancada do agronegócio propôs outra audiência na mesma comissão. Esta, para discutir a “Resolução n. 84, que visa a suspensão de procedimentos administrativos de reavaliação de agrotóxicos”. Além disso, misturou assuntos diferentes, propondo que na mesma sessão se discuta ainda os “impactos sobre a agroindústria nacional que pode ter a proposta da Anvisa de regulamento técnico sobre propaganda e publicidade de alimentos que fazem mal à saúde.”

A Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) foi convidada, através de requerimento do Dep. Fonteles, para tratar da questão do PL do Endossulfan, e vai se manifestar também sobre a proposta de suspensão da reavaliação da Anvisa.

Para o tema da propaganda só foram convidados representantes das indústrias. Não foi convidado nem o movimento de segurança alimentar, nem o de defesa dos consumidores.

É hora de nos manifestarmos por um Brasil ecológico livre de agrotóxicos.

A audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara (que juntou os três assuntos) será na próxima terça 29 às 14:30 h. Quem estiver em Brasília e puder comparecer, dará grande contribuição mostrando aos deputados que a sociedade está disposta a se mobilizar e se manifestar por uma agricultura sem veneno e uma alimentação mais saudável.

Além disso, é importante que o maior número possível de pessoas e instituições envie manifestações às Consultas Públicas da Anvisa apoiando a proposta de banimento do Acefato e do Endossulfan.

O prazo para manifestações é 3 de novembro de 2009.

As duas consultas públicas estão disponíveis no site da Anvisa. A do Acefato é a de número 60, e a do Endossulfan é a de número 61.

Em ambos os casos, nas conclusões das notas técnicas anexas às consultas, há informações suficientes para embasar manifestações a favor do banimento.

As manifestações devem ser encaminhadas diretamente ao e-mail da Gerência Geral de Toxicologia da ANVISA, pelo email toxicologia@anvisa.gov.br, pelo fax (61) 3462-5726 e/ou para o endereço:

ANVISA - Gerência Geral de Toxicologia

SIA Trecho 05 Área Especial 57, Lote 200

CEP 71.205-050 - Brasília-DF

É lamentável o Vice-Presidente da República, José Alencar, defender armas nucleares. Vai na contramão de um mundo pacífico, infelizmente. Lamentável! Deplorável!

Na TV, governo vai pedir papéis da ditadura

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2509200915.htm
Na TV, governo vai pedir papéis da ditadura
Anúncios do governo federal para buscar documentos sobre desaparecidos vão ao ar na TV no domingo

FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo federal vai veicular a partir de domingo anúncios de TV para estimular a entrega de documentos e informações sobre a localização de desaparecidos no período de ditadura militar (1964-1985).
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República produziu três filmes que contam com a participação de familiares de desaparecidos políticos.
O material coletado na campanha será encaminhado ao Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil - Memórias Reveladas, do Arquivo Público Nacional, segundo a Secom.
O ministro Paulo Vannuchi, titular da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, afirmou ontem que a veiculação dos anúncios está "vinculada ao esforço de sensibilização para que as pessoas que souberem de alguma coisa entrem em contato com o Memórias Reveladas, para que se tente cumprir o objetivo humanitário de providenciar os funerais [dos desaparecidos]". De acordo com Vanucchi, "qualquer que seja a divergência ideológica, histórica política sobre o período, ninguém pode ter divergência sobre o direito de localizar os restos mortais e sepultar".
O ministro informou que há mais de 140 vítimas do regime militar cujos paradeiros ainda são desconhecidos. Nesse grupo estão incluídos militantes políticos que foram alvo da ditadura na Guerrilha do Araguaia, no norte do país, e no DOI-Codi de São Paulo na década de 70.
Os filmes foram dirigidos pelos cineastas Cao Hamburguer, João Batista de Andrade e Helvécio Ratton, disse Vannuchi.
Apesar da participação de parentes dos desaparecidos nos filmes, a medida tomada pelo governo não gerou consenso entre os parentes das vítimas.
Criméia Alice Schmidt de Almeida, membro da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos e mulher do desaparecido André Gribois, considera a campanha do governo "ridícula". Para ela, as autoridades deveriam buscar identificar e punir aqueles que furtaram documentos sobre a ditadura dos registros oficiais.
""São documentos públicos, produzidos pelo serviço público, que estão em mãos de particulares. O governo, em vez de responsabilizar os agentes do serviço público que fizeram isso, resolve fazer uma campanha na televisão pedindo "por favor". É surrealista", disse.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Exclusivo: aumenta em 51% total de parlamentares processados

http://congressoemfoco.ig.com.br/cf/noticia.asp?cod_canal=21&cod_publicacao=29846

24/09/2009 - 06h30

Exclusivo: aumenta em 51% total de parlamentares processados

Número de investigados no STF saltou de 101 para 153 na atual legislatura. Volume de processos aumentou 68%. Veja os estados com mais parlamentares processados, a que denúncias eles respondem e a lista completa dos congressistas acusados

Montagem sobre fotos de Brizza Cavalcante e Diógenis Santos/Ag.Câmara e Fábio Pozzebom/ABr
Neudo, Camarinha, Raupp e Jayme Campos estão entre os parlamentares mais processados no STF

Thomaz Pires e Edson Sardinha

Levantamento feito pelo Congresso em Foco nos últimos 13 dias mostra que os procedimentos investigativos contra deputados e senadores aumentaram 51% desde o início da atual legislatura. O número de congressistas sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) saltou de 101, em abril de 2007, para 153, até a última quinta-feira (17), quando foi concluída a pesquisa.

A quantidade de inquéritos (investigações preliminares) e ações penais (denúncias que podem resultar em condenações) cresceu de forma ainda mais significativa, passando de 197 para 333, um aumento de 68%. Na cota da Câmara, foram observados 290 procedimentos em andamento contra 43 no Senado.

As acusações contra os parlamentares na mais alta corte judicial do país abrangem mais de 20 tipos de crimes. Entre as acusações mais frequentes, figuram os crimes de responsabilidade, contra a Lei de Licitações, peculato (apropriação, por funcionário público, de bem ou valor de que tem a posse em razão do cargo, em proveito próprio ou alheio), formação de quadrilha, homicídio, estelionato e contra o meio ambiente.

Há também denúncias consideradas de menor gravidade, como os crimes de opinião (calúnia, injúria e difamação), que às vezes pode estar relacionado com a apresentação de denúncias e outras tarefas ligadas ao exercício da atividade parlamentar.

Os ministros do Supremo encontraram elementos suficientes em 105 investigações para colocar 46 deputados e sete senadores na condição de réus de ações penais, último passo para a condenação. Até hoje, porém, o STF jamais condenou qualquer integrante do Congresso.

Veja a lista dos parlamentares processados, por estado

Veja a lista dos parlamentares processados, por partido

Veja o que dizem os parlamentares processados

Bancadas sob suspeita

A lista dos congressistas que respondem a procedimentos no STF reúne representantes de 15 partidos, dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. PMDB e DEM encabeçam a relação dos partidos com maior número de deputados e senadores com pendências judiciais.

Dos 113 peemedebistas com assento no Congresso, 32 estão na mira da Justiça. O mesmo ocorre com 22 dos 70 parlamentares do DEM. No caso do PSDB, respondem a acusações no STF 17 dos 70 parlamentares do partido. Das grandes legendas, o PT é quem tem menor número de acusados: 14, dos seus 90 congressistas.

Quatro partidos com representação no Congresso não apresentam nenhum parlamentar processado no Supremo. O maior deles é o PCdoB, que tem 13 congressistas. Os outros são o PHS, o PTC e o PTdoB, cujas bancadas variam de um a dois deputados (nenhum dos três possui senador).

Em termos proporcionais, o PMN é a bancada com mais problemas no STF: todos os seus cinco parlamentares respondem a acusações no Supremo. Em ordem decrescente, os percentuais de parlamentares processados por bancada são:

PMN - 100% (5 processados de um total de 5 parlamentares)
PP - 43,5% (17 processados de um total de 39 parlamentares)
PRB - 40% (2 processados de um total de 5 parlamentares)
PR - 33,3% (15 processados de um total de 45 parlamentares)
PSC - 33,3% (4 processados de um total de 12 parlamentares)
Psol - 33,3% (1 processado de um total de 3 parlamentares)
DEM - 31,5% (22 processados de um total de 70 parlamentares)
PTB - 29% (9 processados de um total de 31 parlamentares)
PMDB - 28% (32 processados de um total de 113 parlamentares)
PDT - 27% (8 processados de um total de 30 parlamentares)
PSDB - 24% (17 processados de um total de 70 parlamentares)
PT - 15,5% (14 processados de um total de 90 parlamentares)
PPS - 15,5% (2 processados de um total de 13 parlamentares)
PSB - 13% (4 processados de um total de 31 parlamentares)
PV - 7% (1 processado de um total de 15 parlamentares)
PCdoB, PHS, PTdoB e PTC - zero

As duas maiores bancadas estaduais no Congresso lideram o ranking de parlamentares processados em números absolutos. Dos 73 parlamentares paulistas, 20 são alvo de inquérito ou ação penal. Na mesma situação encontram-se 12 dos 56 congressistas mineiros. Bahia e Rio de Janeiro aparecem na sequência, com nove cada.

Mas, proporcionalmente, ninguém supera as representações de Roraima e Tocantins. Seis dos 11 integrantes de cada bancada no Parlamento respondem à Justiça.

Campeões em ações

Seguindo a equação dos processos entre as bancadas estaduais, o deputado de Roraima Neudo Campos (PP) desponta como o campeão entre os 594 congressistas. O ex-governador acumula 21 procedimentos no Supremo: 11 ações penais e dez inquéritos. A maioria deles está relacionada à Operação Praga do Egito, da Polícia Federal, que o levou à prisão em 2003. O grupo, de cerca de 40 pessoas, é acusado de desviar R$ 230 milhões dos cofres do estado.

Ele já ocupava o posto nos últimos dois levantamentos feitos pelo Congresso em Foco e foi autuado em mais um inquérito (2823) por peculato (desvio de recursos públicos).

Questionado sobre a extensa ficha que apresenta, o parlamentar apresentou argumentos parecidos nos últimos dois levantamentos do site. “As acusações que respondo não têm fundamento algum. Não há prova apresentada ou condenação nesses processos. Tenho minha consciência tranquila de que não cometi qualquer ato ilícito em toda minha vida pública. Isso é perseguição política dos adversários”, defende-se.

Abaixo de Neudo, aparece o deputado Abelardo Camarinha (PSB-SP), com 11 processos. Logo a seguir, vêm os deputados Jader Barbalho (PMDB-PA), com nove investigações, e Jackson Barreto (PMDB-SE), com oito. No Senado, os mais processados são os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jayme Campos (DEM-MT), ambos com quatro pendências judiciais no STF.
O levantamento apresentado pelo Congresso em Foco tem como base o acompanhamento processual disponível na página do STF até o último dia 17. A pesquisa levou em conta as investigações contra os parlamentares que exerceram o mandato na atual legislatura. Isso explica a presença do ex-deputado Barbosa Neto (PDT-PR), atual prefeito de Londrina, e parlamentares licenciados como Cássio Taniguchi (DEM-PR) e Alberto Fraga (DEM-DF). Apesar de estarem afastados da Câmara, eles ainda são investigados no Supremo.

Ao arquivo

A última pesquisa realizada pelo site, em junho, apontava um total de 318 procedimentos em andamento contra 150 parlamentares (leia mais). Desse total, 16 investigações foram arquivadas pelos ministros, fato que colaborou para a queda no somatório do número de congressistas processados.

Os arquivamentos contemplaram apenas os deputados. Na cota dos senadores não houve qualquer procedimento arquivado conforme informações repassadas pela assessoria do Supremo.

Leia ainda: STF abre dez processos por mês contra parlamentar

O arquivo é o destino mais comum dos processos contra parlamentares. A maioria dos inquéritos e das ações penais acaba arquivada por prescrição ou falta de provas. Em outros casos, as investigações se arrastam na corte por todo o mandato parlamentar até voltar às instâncias inferiores da Justiça quando o congressista deixa de se reeleger.

Querido/as amigo/as!

No último dia 22 de agosto, foi lançada no Rio de Janeiro a Revista Anistia Política e Justiça de Transição, durante as comemorações do 30 anos de aprovação da Lei de Anistia.

Conforme divulgamos, a Revista já pode ser acessada pelo link:

http://www.mj.gov.br/anistia/data/Pages/MJD59503A9ITEMID46B25A9C93394F1B9C87BCEF71C19589PTBRIE.htm

Aproveito para solicitar ajuda de vcs na divulgação das normas editoriais para a publicação no periódico, que seguem abaixo da assinatura. Trabalhos recebidos até o próximo dia 15 de novembro serão considerados já para a edição de n.º 2.

NORMAS EDITORIAIS

Art. 1º. A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça receberá textos de todas as áreas das Ciências Humanas e Sociais, em formato de artigo acadêmico, para publicação na Revista Anistia Política e Justiça de Transição.

Art. 2º. Os trabalhos serão recebidos no correio eletrônico revistaanistia@mj.gov.br.

Art. 3º. Os artigos a serem publicados na Revista a Anistia Política no Brasil, independente da área, deverão versar sobre a Anistia Política e/ou a Justiça de Transição, no Brasil e no exterior.

Parágrafo Único: Serão aceito até dois trabalhos de Iniciação Científica por edição, devendo tal condição ser expressamente informada na folha de rosto.

Art. 4º. Os textos recebidos em conformidade com estas normas serão encaminhados ao Conselho Editorial da Revista, de forma não identificada, para avaliação e aprovação para publicação.

Art. 5º. Os textos aprovados pelo Conselho Editorial serão publicados na Revista da Anistia Política no Brasil, em ordem a ser definida pela Coordenação-Executiva, em um dos três números subseqüentes à aprovação.

Parágrafo Único: Havendo número de textos aprovados para além da capacidade de publicação da Revista, os mesmos serão devolvidos aos autores, acompanhados de carta de aprovação.

Art. 6º. Serão aceitos para publicação textos em português, espanhol e inglês.

Parágrafo Único: Textos em outras línguas poderão ser aceitos, após solicitação ao Conselho Editorial, restando ao Presidente do Conselho a opção de publicá-los na língua original ou em versão traduzida.

Art. 7º. Para que sejam considerados aptos para o envio ao Conselho Editorial os textos deverão ser inéditos e remetidos em documento aberto de Word 97 ou inferior, com as seguintes formatações:

a) Papel A4;

b) Fontes Times New Roman, tamanho 12;

c) Espaçamento entre parágrafos 1,5;

d) Total de laudas não inferior a 10 e nem superior a 25, excluída a folha de rosto;

e) Referências e notas de rodapé em formato ABNT Vancouver (SOBRENOME, nome. Título. Cidade: Editora, data, páginas);

f) Folha de rosto contendo: título e subtítulos, dados pessoais dos autores, contato e endereço, formação e atuação profissional, titulação, indicação sobre tratar-se de artigo de iniciação científica ou não, órgãos de fomento, outras informações relevantes.

Parágrafo único: A folha de rosto deverá vir no corpo do próprio texto e ser o único local onde resta identificada a autoria, sob pena de desclassificação.

Art. 8º. Todos os trabalhos deverão conter, no corpo do texto, resumo em português e em língua estrangeira (inglês, francês ou espanhol), bem como três palavras-chave, nas duas línguas do resumo.

Art. 9º. Deve acompanhar o envio do texto e-mail de cessão de direitos autorais para a edição impressa e online da Revista da Anistia Política no Brasil, restando liberada a republicação dos textos após a publicação na revista, desde que referida a publicação original.

§ 1º. Caso o enviante não possua e-mail em nome próprio, para que registre-se a cessão de direitos, deverá enviar termo de sessão assinado e escaneado, como anexo.

§ 2º. Os textos publicados dão direito aos autores a receber cinco exemplares da Revista, independente de quantos forem.

Art. 10º. É de responsabilidade dos autores o conteúdo dos textos, bem como a veracidade das informações prestadas, inclusive quanto ao ineditismo dos textos.

Parágrafo único: É de responsabilidade dos autores informar a Comissão de Anistia caso o texto previamente aprovado seja publicado em outro veículo, incluindo a Internet, antes da publicação oficial da Revista.

Alesp convoca Conferência Estadual de Comunicação

http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=7539

Alesp convoca Conferência Estadual de Comunicação

Por Redação [Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2009 às 16:34hs]

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) convocou, ontem, a Conferência Estadual de Comunicação para ser realizada entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro. A medida foi tomada pelos parlamentares após o governador não ter publicado decreto convocando a conferência dentro do prazo estabelecido pelo governo federal aos estados, 15 de setembro.

As conferências estaduais de comunicação são fóruns preparatórios para a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que ocorrerá nos dias 1, 2 e 3 de dezembro em Brasília. Nelas os delegados eleitos traçarão diretrizes para pautas as discussões da Confecom.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Comunicação do Estado de São Paulo, o Executivo não baixou o decreto a tempo porque não havia tempo suficiente e “resolveu trabalhar com o Legislativo”. Antes da convocação da assembleia, a assessoria foi contatada e não respondeu aos questionamentos da Fórum.

A conferência estadual será coordenada pela Comissão de Transportes e Comunicações da Alesp e pela Comissão Paulista Pró-Conferência de Comunicação, responsável pela eleição de delegados que representarão a sociedade nesses fóruns.

Redação

Tortura não tem anistia - Paulo Abrão

artigo do presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, publicado no jornal O Globo do dia 15 de setembro.

OPINIÃO


Tortura não tem anistia


PAULO ABRÃO

A aplicação da Lei da Anistia, de 1979, é um exemplo privilegiado das tensões recorrentes entre o Direito e a política. É fato que, no âmbito da criação das normas, as relações entre o Direito e a política são insuprimíveis, e isso leva a alguns conceberem a lei como um acordo político de perdão tanto aos perseguidos quanto aos perseguidores.

Essa equivalência dos atos de resistência com os atos de repressão dos torturadores não deve prosperar. Ela não sobrevive a constatações fáticas: em 1979, o Congresso rejeitou a anistia "ampla, geral e irrestrita"; a lei não refere aos crimes dos torturadores, os quais o Estado negava existirem; não se encontra um único perseguido que tenha sido interlocutor do suposto "acordo"; e o Congresso que aprovou o projeto do governo era controlado, inclusive com a presença de "senadores biônicos", caracterizando-se a existência de uma "autoanistia".

O Direito tem refutado o esquecimento para os crimes de tortura, pois: tortura não constitui crime político; a teoria e a dogmática jurídicas da conectividade dos delitos também não concedem espaço para anistiar tais crimes; aspectos políticos que não estejam explícitos na lei são irrelevantes na aplicação do Direito sob a ótica do princípio da independência do juiz; a melhor tradição ética desde Nuremberg recusa a prescritibilidade e a anistia a crimes contra a Humanidade; a jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos — à qual soberanamente aderimos e onde hoje o Brasil é réu — não admite "autoanistia".

Permitir que possíveis acordos políticos afastem a Justiça valoriza a impunidade e sinaliza que em novos rompantes autoritários bastar-se-ia, ao final, realizar "acordo político" ou "autoanistia". A conclusão é a de que não se pode admitir a lei de 1979 como um pacto ou acordo, e, mesmo se fosse este o caso, o acordo político não teria validade jurídica.

Não se trata de revisar a Lei da Anistia, mas, sim, interpretá-la adequadamente. Não se trata de revanchismo, pois não se deseja torturar os torturadores, mas sim processá-los e julgá-los segundo o devido processo legal e o direito ao contraditório. Rompida a ditadura, cabe às instituições do estado de direito estabelecer as bases para a não repetição: implementar uma Justiça de transição com memória, verdade e justiça.

Agora, a OAB acionou o STF a decidir se a tortura está abrigada na lei de 1979. A política reencontra-se com o Direito. O STF é o mais político de todos os tribunais, pois interpreta a Constituição — a síntese jurídica dos compromissos éticos e políticos da sociedade. O conteúdo político da decisão sobre a ação é inafastável, porém, a decisão precisa se pautar pelos valores postos em nossa ordem jurídica democrática.

Sinalizaremos a não repetição e consolidaremos a democracia e seus valores? Terá o Direito um papel civilizatório capaz de promover o que há de melhor na política: as garantias para as liberdades públicas presentes e futuras, contra todas as formas de autoritarismos, de esquerda ou de direita?

Paulo Abrão é professor da Faculdade de Direito da PUC-Rio Grande do Sul e presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

Revista Anistia Política e Justiça de Transição

http://www.mj.gov.br/anistia/services/DocumentManagement/FileDownload.EZTSvc.asp?DocumentID={D3A32765-8FAE-4298-8320-B8CCF5942478}&ServiceInstUID={59D015FA-30D3-48EE-B1

30 Anos da Lei da Anistia - Entrevista Paulo Abrão

http://www.mj.gov.br/anistia/data/Pages/MJD1FF3F27ITEMID3721E67CA0E34142A70FD23945E03CDFPTBRIE.htm
02/09/2009 - Paulo Abrão Pires Júnior
Presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

No dia 22 de agosto de 1979, o Congresso Nacional aprovou a Lei n.º 6.683, que permitiu a liberdade de parte dos presos políticos e o retorno dos brasileiros exilados e banidos. A votação, ocorrida sob fortes manifestações populares em todo o país, completou 30 anos. As mobilizações pela Anistia foram uma força inicial da democratização”, afirma Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

No último dia 22, a data foi comemorada em ato público realizado pela Comissão no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Marcado pela emoção, o evento reuniu cerca de 500 pessoas que, de alguma forma, estiveram envolvidas com o processo de redemocratização do país.

O ato também promoveu o reencontro histórico de 37 ex-presos políticos que estavam encarcerados em agosto de 1979 (foto) – a maioria participou da greve nacional de fome pela anistia, que durou 32 dias e foi encerrada no dia da aprovação da lei. Eles receberam homenagem especial do ministro da Justiça, Tarso Genro;

Em entrevista, Abrão faz um balanço desses trinta anos. Para ele, o Brasil avançou nas políticas de reparação e na reforma das instituições que antes serviram à repressão, mas ainda há contas importantes a pagar. A revelação da verdade ainda é pequena”, aponta o advogado e professor da Faculdade de Direito da PUCRS.

No dia 22 de agosto, a aprovação da Lei de Anistia completou 30 anos. Qual o significado desta data para o país?

Paulo Abrão - O dia 22 tem um profundo significado histórico para o Brasil pois simboliza a data em que a democracia voltou a ser visível no horizonte nacional. Nos anos que antecederam a 1979, milhares de brasileiros começaram a se organizar e pedir publicamente o fim da ditadura em atos, passeatas e manifestações, mesmo com a repressão na ativa. Amplos setores sociais se mobilizaram para as eleições, mesmo sabendo que a ditadura mandava no Congresso, para que se pudesse aprovar uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. O projeto popular foi derrotado no Poder Legislativo, mas com a volta dos exilados e o fim da clandestinidade para muitos, não era mais possível evitar a volta da democracia.

Em 1979, houve uma intensa mobilização social pela anistia. De que forma essa campanha impactou o início da redemocratização?

Paulo Abrão - A principal arma de uma ditadura é o medo. Onde há medo, a participação social inexiste, e a cidadania fica reprimida. As mobilizações pela Anistia foram como que uma força inicial da democratização. As pessoas tomaram as ruas para exigir o fim das perseguições políticas, e mesmo sem a aprovação do projeto popular, venceram a ditadura, que começou a recuar. Depois disso a cidadania voltou a respirar, as pessoas perceberam que podiam se manifestar e pedi a volta da democracia, as passeatas pelas diretas foram maiores que as pela Anistia pois a sociedade perdeu o medo de ocupar o espaço público. As ruas, que antes eram “do Estado” passaram a ser “da cidadania” e a voz do povo não podia mais ser calada. O fim do medo e a volta dos agentes políticos à esfera pública foram as grandes contribuições da luta pela anistia para a redemocratização.

Após 30 anos, qual o balanço que o senhor faz da anistia? O Brasil conseguiu curar todas as suas feridas?

Paulo Abrão - Na América do Sul os processos de transição são extremamente longos. Se pegarmos as quatro medidas centrais para uma transição bem sucedida: a revelação da verdade, a reparação das vítimas, a reforma das instituições e o retorno do Estado de Direito, vemos que o Brasil ainda tem muito a avançar, mesmo em relação aos países vizinhos. A Constituição de 1988 trouxe muitos avanços formais, que aos poucos vem se materializando, especialmente no que se refere à efetivação dos direitos fundamentais e à reforma das instituições. A questão da reparação avançou muito, especialmente com os trabalhos da Comissão de Anistia e da Comissão de Mortos e Desaparecidos, mas a revelação da verdade ainda é pequena e a justiça ainda não encontrou meios de devolver aos atingidos pela ditadura a segurança que o Estado de Direito promete. Hoje vivemos com uma impunidade flagrante, pessoas torturadas encontram seus algozes na rua, andando livremente, como se o país não tivesse leis que os atingissem. Enquanto isso ocorrer, não há como se falar em reconciliação e cura.

O que falta para consolidar a democracia?

Paulo Abrão - A democracia é um processo permanente, não existe “a democracia”, existem “democracias” e práticas democráticas, no plural. O avanço da democracia depende de uma série de fatores. Hoje, no Brasil, os cidadãos tem medo das autoridades públicas. Isso é uma herança da ditadura, vivemos num país onde as autoridades se vêem como pessoas superiores, e não como prestadores de serviços públicos. Esse é só um exemplo de como a democracia pode sempre avançar mais. Outro grande exemplo é a visão sobre a segurança pública. O Ministério da Justiça lançou o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) para mudar uma série de práticas na área da segurança pública. A idéia de que a violência será contida com mais violência é típica dos regimes repressivos e, de regra, apenas produz mais mortes e conflitos armados mais severos. Mudar essa lógica para uma visão focada na promoção da justiça e da cidadania, somada à prevenção dos conflitos, é fundamental para o avanço da democracia e a superação dos enclaves autoritários.

Como, hoje, é possível garantir que a ausência de liberdades não se repetirá?

Paulo Abrão - Existe uma frase que responde a essa pergunta quase como um clichê: “Recordar para não repetir”. Apenas uma sociedade que conhece e lembra de seu passado pode construir seu futuro de forma consciente. No Brasil, por um período, tentou-se impor o esquecimento. Esquecer serve apenas para aqueles que se beneficiaram da repressão. Para eles, esquecer é uma forma de garantir o ganho daquilo que obtiveram na ausência de leis, e garantir que possam voltar a ganhar no futuro, desrespeitando as leis e a democracia. As políticas de memória são fundamentais para que a sociedade se mantenha sempre alerta quando surgem propostas autoritárias, por isso países como a Argentina, Chile, África do Sul, França, Reino Unido, Alemanha e tantos outros construíram memoriais para lembrar seus momentos de repressão, para que as gerações futuras saibam o que aconteceu e lutem pela democracia. A Comissão de Anistia tem dois projetos que trabalham nesse sentido: as Caravanas da Anistia e o Memorial da Anistia.

Qual o objetivo desses projetos?

Paulo Abrão - As Caravanas da Anistia são uma idéia simples com resultados espetaculares: levamos os julgamentos dos pedidos de anistia para os locais onde ocorreram os fatos. Diferentemente da Argentina e do Chile, no Brasil não tivemos uma Comissão da Verdade. Levando os julgamentos aos locais dos fatos garantimos, a um só tempo, o resgate da dignidade do perseguido político, que em muitos casos ainda era visto como um criminoso, e a ativação da memória social. Quando os jovens percebem o que foi a ditadura, passam de uma postura apolítica para uma postura de defesa dos valores democráticos. Já realizamos 26 Caravanas em 15 diferentes estados. Em todas, o aprendizado mútuo foi impressionante e a participação de jovens, massiva. O Memorial da Anistia, por sua vez, é um projeto que insere o Brasil na rede de países com museus de apoio aos valores democráticos. O início das obras se deu agora em agosto, em Belo Horizonte, numa parceria com a UFMG, a Prefeitura Municipal e a Caixa Econômica Federal. O Memorial é um instrumento de reparação coletiva; dá voz a todos aqueles que foram calados pela ditadura. Nele estarão os quase 65 mil processos de anistia tramitados na Comissão, contando a história do Brasil por novas perspectivas: será um memorial da história não-oficial, da história da ditadura desde o ponto de vista dos perseguidos políticos.

O Brasil tem aproveitado as experiências de outros países que construíram memoriais?

Paulo Abrão - Estamos em permanente interlocução com instituições de diversos países do mundo, neste mês de agosto, por exemplo, o projeto do Memorial será apresentando numa convenção latino-americana em Bogotá, e em abril os dois projetos da Comissão foram apresentados em Portugal. Para além disso a Comissão tem promovido diversas iniciativas regionais e bi-laterais. Ano passado reunimos pela primeira vez todas as comissões de reparação e verdade do continente, em um grande evento no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Neste ano a comissão foi convidada a participar de um Tribunal Internacional em El Salvador, entre tantas outras iniciativas. Nos últimos dois anos a Comissão já apresentou seu trabalho ou contribuiu em atividades locais na Argentina, Venezuela, El Salvador, Colômbia, Estados Unidos, Portugal, Espanha, França e Reino Unido.

O que significa, na prática, a anistia política?

Paulo Abrão - No Brasil tentou-se fazer da anistia amnésia. Cultivou-se uma idéia estranha, de que aqueles que tomaram o Estado num golpe estariam “perdoando” aqueles que lutaram contra o golpe e por isso foram perseguidos. Hoje nós temos um conceito diferente. A anistia, para que produza reconciliação nacional verdadeira, pressupõe a lembrança e o perdão, mas quem pede perdão é o Estado, que perseguiu seus cidadãos, que promoveu prisões arbitrárias, torturas, morte. Com isso o Estado de Direito se efetiva, pois aqueles que tiveram seus direitos violados voltam a acreditar que o direito vale mais do que a vontade dos que detém o poder. Restaura-se a dignidade do perseguido e do Estado. A anistia é, desta feita, uma via de duas mãos.

Existem críticas com relação ao valor das indenizações pagas aos ex-perseguidos políticos. Qual sua posição?

Paulo Abrão - A Lei n.º 10.559 é extremamente assimétrica. Se de um lado existem indenizações muito altas para aqueles que perderam seus empregos, de outro as reparações para as vítimas de tortura, desaparecimento, prisões arbitrárias e toda a sorte de sacrifícios são muito baixas. Isso ocorre pois o Congresso Nacional fixou dois critérios de reparação. Quem perdeu o emprego em função de atividade política ou sindical deverá receber pensão mensal vitalícia equivalente ao que ganharia se estivesse na ativa, com efeitos retroativos até 1988. De outro lado, quem foi preso ou torturado ganhará 30 salários mínimos para cada ano que foi perseguido, em uma parcela única, com limite de R$ 100 mil. Assim, uma pessoa demitida pode ganhar uma prestação mensal e mais um retroativo altíssimo, e uma pessoa torturada ganhar 30 salários mínimos. A Comissão tem procurado resolver essa assimetria através da aplicação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, mas uma mudança mais efetiva nos critérios depende do Poder Legislativo.

A Comissão de Anistia, desde 2007, vem reduzindo os valores das indenizações. Por quê?

Paulo Abrão - Para aqueles que não tinham vínculos laborais a lei não oferece opção, a única forma de reparação é a prestação única até R$ 100 mil, independente de quanto tenham sofrido. Neste caso a Comissão nada pode fazer para reduzir injustiças. Já no caso da prestação mensal, a lei oferece dois critérios: a progressão ao topo da carreira e a média de mercado. Desde o governo FHC vinha-se aplicando a progressão ao topo da carreira. Isso gerava distorções enormes. Num exemplo simples: duas pessoas presas juntas por dois anos, que sofreram as mesmas privações, uma era estudante de medicina do último ano, outra recém formada trabalhando em um hospital. Para a primeira a reparação será uma parcela única de 60 salários mínimos, para a segunda uma reparação mensal até o final da vida no valor do salário de um médico, mas retroativos até 1988. Antigamente supunha-se que a segunda pessoa poderia ter chegado ao topo da carreira de médico, ganhando R$ 20 mil mensais, e assim era deferida a reparação, somada de um retroativo que passava dos milhões. Hoje nós buscamos a média remuneratória de um médico, que na maioria das regiões não é muito superior a R$ 3 mil ou R$ 4 mil. Esse exemplo demonstra tanto o modo como trabalhamos para reduzir as assimetrias, quanto os limites para o que podemos fazer sem alterar aquilo que a lei determina.

Existe uma polêmica se a Lei de Anistia de 1979 deve ser estendida ao crime de tortura e a Comissão se posicionou favoravelmente. Por que os torturadores devem ser punidos?

Paulo Abrão - Essa pergunta deve ser invertida: por que os torturados não devem ser punidos? Devemos sempre lembrar que a ditadura afastou o Estado de Direito, que sempre negou a prática de tortura, que a anistia a esses crimes não está escrita na lei de 1979 e, ainda, que o Brasil assumiu internacionalmente o compromisso de punir esse tipo de conduta. Defender que os torturadores não devem ser punidos é fazer uma defesa política do regime de exceção, é defender a tese que a ditadura era necessária. Juridicamente não há dúvida de que a tortura é crime, mesmo nas leis da ditadura militar. Não havia qualquer previsão para essa prática, e, se houvesse, seria absolutamente ilegal. Se acreditamos que as relações humanas devem ser reguladas pelo Direito, conforme consta em nossa constituição, não podemos aceitar que um ato de força justifique o afastamento da lei. O argumento para não punir os torturadores é tão frágil que, para se sustentar, chega a afirmar a existência de crimes como o “estupro político”. Não há, na história do direito, um único tribunal que tenha considerado o estupro de uma pessoa detida como um crime político. Os tribunais do Chile e da Argentina já declararam que as anistias não podem beneficiar os membros dos regimes de exceção, e a Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, da qual o Brasil faz parte, já anulou efeitos de leis de impunidade no Chile, Paraguai, Peru, Colômbia, Guatemala e Equador. O Brasil segue sozinho na lista dos países onde graça a impunidade.

28ª Semana Gandhi

http://www.palasathena.org.br/noticia.asp?IDNoticia=66

28ª Semana Gandhi





28ª Semana Gandhi


em adesão ao Dia Internacional da Não-Violência



2 de outubro de 2009 · sexta-feira · 19 horas

Auditório do MASP · Museu de Arte de São Paulo
Avenida Paulista, 1578 - São Paulo / SP - Estação Trianon-MASP do metrô

Informações: Palas Athena (11) 3266-6188

Haverá tradução simultânea para o português


· Abertura
Meeta Ravindra e instrumentistas


João Signorelli - fragmentos do monólogo "Gandhi, um líder servidor"


· Mesa temática

Por que Gandhi? E, por que hoje?




Dr. Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho

Secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Dr. Walter Feldman
Secretário Municipal de Esportes, Lazer e Recreação

Tenente Coronel José Luiz Sanches Verardino
Subdiretor da Diretoria de Polícia Comunitária e
Direitos Humanos da Polícia Militar do Estado de São Paulo


Dr. José Gregori
Secretário Municipal de Direitos Humanos


· Palestra magna
O legado vivo do Mahatma


Dr. B. S. Prakash
Embaixador da Índia no Brasil


ENTRADA FRANCA

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Cadeirantes do DF "multam" estabelecimentos e motoristas que não respeitam acessibilidade

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/09/21/cidades,i=143427/CADEIRANTES+DO+DF+MULTAM+ESTABELECIMENTOS+E+MOTORISTAS+QUE+NAO+RESPEITAM+ACESSIBILIDADE.shtml
Cadeirantes do DF "multam" estabelecimentos e motoristas que não respeitam acessibilidade

Agência Brasil

Publicação: 21/09/2009 14:12 Atualização: 21/09/2009 15:07


Para marcar a passagem do Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, o empresário Ronald Carvalho, portador de esclerose múltipla e cadeirante, resolveu chamar a atenção de comerciantes e condutores para a urgência de garantir e respeitar a acessibilidade nas ruas da capital federal.

Ele está percorrendo as quadras comerciais 404/405 sul, chamada de Rua dos Restaurantes por causa do número de estabelecimentos, e entregando aos comerciantes que ainda não instalaram rampa de acesso na porta de suas lojas, ou que não mantêm banheiro próprio para pessoa com deficiência.
O cadeirante Kaleb Lopes Meneses foi a 404/405 Sul para mostrar que até mesmo ir a um restaurante pode ser muito difícil para um deficiente  - (Elza Fiuza/ABr)
O cadeirante Kaleb Lopes Meneses foi a 404/405 Sul para mostrar que até mesmo ir a um restaurante pode ser muito difícil para um deficiente


Do primeiro bar que “autuou”, Ronald Carvalho reclamou do banheiro no subsolo. “Eu sou homem e com ajuda dou um jeito e uma cadierante mulher, como é que faz?”, perguntou. Para Ronald, “o empresário tem que enxergar, são coisas simples, fazer uma calçada um rebaixamento é fácil., só precisa de cimento e boa vontade”.

Ronald aponta para um tradicional restaurante da capital e comenta: “esse restaurante é maravilhoso, mas eu não posso frequentar porque ele não tem acesso. Aí o empresário tá deixando de ter o meu faturamento, o da minha esposa e o dos meus amigos. A gente viria para cá e não pode”.

O estudante e nadador, Kalleb Lopes Menezes, concorda com o empresário, reclama do constrangimento de ter que pedir ajuda e elogia quem facilita o acesso. “Na academia em que eu malho eles botam uma rampa de madeira e tiram quando eu saio. O legal é que eles se importam comigo”.

A “notificação cidadã” distribuída pelos cadeirantes, sem validade legal, alerta: “constatamos que sua empresa não oferece condições adequadas para receber clientes com deficiência. Acessibilidade em locais abertos ao público é lei e uma questão de visão empresarial”.

O cadeirante Ronald Carvalho criou a
O cadeirante Ronald Carvalho criou a "Multa e Notificação Cidadã"
Além dos comerciantes, os cadeirantes tentam conscientizar os maus motoristas de Brasília que estacionam nas vagas reservadas para pessoas com deficiência. Quem é flagrado ocupando a vaga indevida recebe uma “multa cidadã” onde pode ler: “cometeu uma grave infração e desrespeitou às pessoas que, por direito, fazem uso da referida vaga”.

A partir do dia 1º de outubro talões de notificação e multa poderão ser pedidos na internet no site www.m

MCidades apoia uso de transportes sustentáveis no Dia Mundial Sem Carro

http://www.cidades.gov.br/noticias/mcidades-apoia-uso-de-transportes-sustentaveis-no-dia-mundial-sem-carro

MCidades apoia uso de transportes sustentáveis no Dia Mundial Sem Carro

18/09/2009

Programação inclui passeio ciclístico e campanha publicitária

O Ministério das Cidades apoia nesta próxima terça-feira (22) o Dia Mundial Sem Carro. A programação do dia inclui passeio ciclístico pela Esplanada dos Ministérios, seminário no Ministério das Cidades, e, na véspera, dia 21, vai ao ar campanha publicitária nacional em TV, rádio e jornal, hamando a população para aderir ao Dia sem Carro.

A concentração dos ciclistas começará às 8 horas, em frente ao Museu da República, com saída para o segundo ponto de concentração, na Torre de TV, onde o ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, se juntará ao grupo de ciclistas. Às 8h30 os ciclistas saem, rumo ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães, onde o ministro encontrará prefeitos que participam do X Congresso Brasileiro de Municípios. Às 9 horas, o ministro representa a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na abertura do congresso, para falar do PAC.

No estacionamento do Ministério das Cidades, às 10h30, Marcio Fortes participa da solenidade Vaga Viva ao lado do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, que terá exposição de fotos exibição de vídeos
e lançamento do do Concurso de Ideias para Mobilidade com Bicicletas, promovido pela UnB.

Participam o secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiz Carlos Bueno;
o diretor do Denatran, Alfredo Peres; o diretor-presidente da CBTU, Elionaldo Magalhães; o diretor- presidente da Trensurb, Marco Arildo; o presidente da União Brasileira de Ciclistas, Antonio Carlos de Matos Miranda; embaixadores e representantes do Decanato de Extensão da UnB.

Histórico – O Dia Mundial Sem Carro é um movimento que começou em países da Europa e, desde 1997, vem se expandindo pelos cinco continentes. Tem por objetivo trazer a discussão sobre os problemas causados pelo uso intenso de veículos automotores, como forma de deslocamento, principalmente nos centros urbanos. Ao mesmo tempo é um convite ao uso de transportes sustentáveis, como a bicicleta.

Seminário – O seminário “Dia sem Carro” acontece a partir das 13 horas, no auditório do Ministério das Cidades, no Setor de Autarquias Sul. O ministro Marcio Fortes participa da abertura do evento. Os principais temas a serem debatidos no encontro são: “Cidade Humana”, que visa incentivar a sociedade a utilizar transportes não motorizados, com o propósito de consolidar cidades sustentáveis; “Alternativas para mobilidade urbana”, que levantará experiências de pessoas que preferem se locomover por veículos não motorizados e que tenham gerado qualidade de vida; e “Programa Bicicleta Brasil”, que levantará renovações de propostas e reflexão sobre as vantagens do programa.

2009 – Na edição deste ano o movimento traz uma novidade, que é o “Desafio Intermodal”. Trata-se de atividade para analisar qual a maneira mais rápida, econômica e prática para se locomover, prejudicando menos o ambiente e diminuindo a quantidade de veículos nas ruas.

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: 2108-1414/1013/1025.

Clique aqui para fazer a inscrição no Seminário “Dia sem Carro”

Clique aqui para acessar a programação do Dia sem Carro, em Brasília

Serviço:
Passeio ciclístico (presença do ministro Marcio Fortes)
Data: terça-feira (22/9/2009)
Local: Torre de TV (saída rumo ao Centro de Convenções)
Horário: 8h30

Solenidade Vaga Viva
Data: terça-feira (22/09/2009)
Local: Estacionamento do Ministério das Cidades, Setor de Autarquias Sul - Quadra 01, lote 01/06, bloco "H", Ed. Telemundi II (em frente ao edifício do Dataprev)
Horário: 10h30

Seminário Dia sem Carro (abertura do seminário, com presença do ministro Marcio Fortes)
Data: terça-feira (22/09/2009)
Local: Auditório do Ministério das Cidades, Setor de Autarquias Sul - Quadra 01, lote 01/06, bloco "H", Ed. Telemundi II – Térreo.
Horário: 13 horas

domingo, 20 de setembro de 2009

http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/internacional/apos-polemica-deputados-argentinos-aprovam-lei-de-radiodifusao

Após polêmica, deputados argentinos aprovam lei de radiodifusão

por cristiano última modificação 17/09/2009 11:33

Segundo o poder Executivo, a nova legislação contribuirá para o fim dos monopólios no setor de comunicação

Segundo o poder Executivo, a nova legislação contribuirá para o fim dos monopólios no setor de comunicação


17/09/2009

Desirèe Luíse

Radioagência NP

Os deputados argentinos aprovaram, nesta quinta-feira (17), o polêmico Projeto de Lei (PL) de radiodifusão. A medida, enviada ao Congresso Nacional pelo governo da presidente Cristina Kirchner, amplia a regulação às empresas de comunicação do país. Agora, o PL será enviado ao Senado.

Segundo o poder Executivo, a nova legislação contribuirá para o fim dos monopólios no setor de comunicação, que atualmente estaria concentrado em poucas mãos. Em contrapartida, a oposição afirma que o projeto seria “uma lei mordaça”, que daria poder ao governo para controlar os meios de comunicação.

Uma das mudanças previstas pelo Projeto trata das companhias telefônicas, que não poderão mais ser proprietárias de meios de comunicação.

O texto aprovado pelos deputados também prevê a criação de um órgão regulador dos meios de comunicação, formado por integrantes que, segundo a oposição, deverão contar com o aval do governo.

O projeto inclui ainda a exigência de uma revisão, a cada dois anos, das licenças e concessões de rádio.

Além disso, o texto também determina que empresas do setor não poderão ser proprietárias de emissoras de TV aberta e a cabo em uma mesma região. Caso do grupo Clarín, o maior do país e apontado como principal atingido pela medida do governo. Se o projeto for aprovado, o Clarín, por exemplo, deverá optar entre os canais TN e 13.