segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Cadeirantes do DF "multam" estabelecimentos e motoristas que não respeitam acessibilidade

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Cadeirantes do DF "multam" estabelecimentos e motoristas que não respeitam acessibilidade

Agência Brasil

Publicação: 21/09/2009 14:12 Atualização: 21/09/2009 15:07


Para marcar a passagem do Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, o empresário Ronald Carvalho, portador de esclerose múltipla e cadeirante, resolveu chamar a atenção de comerciantes e condutores para a urgência de garantir e respeitar a acessibilidade nas ruas da capital federal.

Ele está percorrendo as quadras comerciais 404/405 sul, chamada de Rua dos Restaurantes por causa do número de estabelecimentos, e entregando aos comerciantes que ainda não instalaram rampa de acesso na porta de suas lojas, ou que não mantêm banheiro próprio para pessoa com deficiência.
O cadeirante Kaleb Lopes Meneses foi a 404/405 Sul para mostrar que até mesmo ir a um restaurante pode ser muito difícil para um deficiente  - (Elza Fiuza/ABr)
O cadeirante Kaleb Lopes Meneses foi a 404/405 Sul para mostrar que até mesmo ir a um restaurante pode ser muito difícil para um deficiente


Do primeiro bar que “autuou”, Ronald Carvalho reclamou do banheiro no subsolo. “Eu sou homem e com ajuda dou um jeito e uma cadierante mulher, como é que faz?”, perguntou. Para Ronald, “o empresário tem que enxergar, são coisas simples, fazer uma calçada um rebaixamento é fácil., só precisa de cimento e boa vontade”.

Ronald aponta para um tradicional restaurante da capital e comenta: “esse restaurante é maravilhoso, mas eu não posso frequentar porque ele não tem acesso. Aí o empresário tá deixando de ter o meu faturamento, o da minha esposa e o dos meus amigos. A gente viria para cá e não pode”.

O estudante e nadador, Kalleb Lopes Menezes, concorda com o empresário, reclama do constrangimento de ter que pedir ajuda e elogia quem facilita o acesso. “Na academia em que eu malho eles botam uma rampa de madeira e tiram quando eu saio. O legal é que eles se importam comigo”.

A “notificação cidadã” distribuída pelos cadeirantes, sem validade legal, alerta: “constatamos que sua empresa não oferece condições adequadas para receber clientes com deficiência. Acessibilidade em locais abertos ao público é lei e uma questão de visão empresarial”.

O cadeirante Ronald Carvalho criou a
O cadeirante Ronald Carvalho criou a "Multa e Notificação Cidadã"
Além dos comerciantes, os cadeirantes tentam conscientizar os maus motoristas de Brasília que estacionam nas vagas reservadas para pessoas com deficiência. Quem é flagrado ocupando a vaga indevida recebe uma “multa cidadã” onde pode ler: “cometeu uma grave infração e desrespeitou às pessoas que, por direito, fazem uso da referida vaga”.

A partir do dia 1º de outubro talões de notificação e multa poderão ser pedidos na internet no site www.m

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